Terramoto de 1755
O terramoto de 1 de Novembro de 1755 ocorreu pelas 9h 40m da
manhã.
Sabe-se que Lisboa foi atingida com uma magnitude próxima de
9 na escala de Richter.
O terramoto decorreu entre cerca de 6 minutos a 2 horas e
meia.
Seguido do terramoto ainda houve um maremoto que destruiu o
Terreiro do Paço e depois do maremoto ainda houve um incêndio que demorou 6
dias a ser apagado tendo destruído toda a baixa de Lisboa.
O tremor de terra foi tão forte que provocou estragos em
todo o país e sentiu-se até ao Sul de França, países do Norte da Europa e do
Norte de África.
Reconstrução de Lisboa - uma Lisboa Pré-Clássica
Em Lisboa, o Marquês de Pombal, 1º ministro de D. José, recusando os conselhos de alguns que
pretendem mover a capital para outra cidade, ordena a reconstrução de acordo
com as novas teorias de organização urbana, após ordenar uma avalia ção da situação real através de um inédito
inquérito à população. É ainda o Brasil colónia que paga quase toda a
reconstrução, com mais de 20 milhões de cruzados. A cidade recebe ainda
ajudas de países como a Inglaterra, a Espanha e a Hansa alemã,
enchendo-se de estaleiros de construção.
A maior parte da nobreza e aristocracia portuguesa
refugia-se nas suas quintas nos arredores de Lisboa.
O Rei instala-se num palácio improvisado de madeira, a Tenda Real, enquanto o novo em pedra começava a ser erigido fora da cidade de Lisboa.
O grande volume de obras acontece, no entanto, no centro da antiga cidade, com o desenho de um novo projecto para a Baixa, o bairro mais atingido pelo terramoto. Este é projectado por Eugénio dos Santos, Manuel da Maia e Carlos Mardel e aprovado pelo Marquês, enquadrando-se no espírito iluminista e pragmático da época: as ruas estreitas são substituídas por largas ruas rectilíneas dispostas ortogonalmente. Estas permitiriam não só a devida iluminação e ventilação, como aufeririam mais segurança.
O Rei instala-se num palácio improvisado de madeira, a Tenda Real, enquanto o novo em pedra começava a ser erigido fora da cidade de Lisboa.
O grande volume de obras acontece, no entanto, no centro da antiga cidade, com o desenho de um novo projecto para a Baixa, o bairro mais atingido pelo terramoto. Este é projectado por Eugénio dos Santos, Manuel da Maia e Carlos Mardel e aprovado pelo Marquês, enquadrando-se no espírito iluminista e pragmático da época: as ruas estreitas são substituídas por largas ruas rectilíneas dispostas ortogonalmente. Estas permitiriam não só a devida iluminação e ventilação, como aufeririam mais segurança.
Cuidados na Reconstrução
Os edifícios a construir também foram alvo de uma política
consistente, tendo a equipa projectista definido o desenho das fachadas, as
regras de construção da estrutura dos edifícios e elaborado um conjunto de
outra regulamentação com vista à produção de um conjunto habitacional capaz de
enfrentar melhor um eventual terramoto, assim como redesenhar a estrutura
social da cidade de Lisboa, atribuindo-lhe um novo pendor comercial à cidade.
Gaiola Pombalina
A estrutura inovadora escolhida consistia num esqueleto de
madeira (a gaiola pombalina), uma malha rectangular com traves nas suas
diagonais procurando que a flexibilidade da madeira se adaptasse à sobrecarga
provocado pelo terramoto sem que a estrutura quebrasse.
Todos os edifícios da zona da Baixa assentariam numa
estacaria em pinho que permitiria dar mais resistência ao solo arenoso da Baixa
e garantir a transferência eficaz do peso dos edifícios para o solo sem que
este cedesse.
Todos os edifícios teriam paredes corta-fogos de alvenaria a
separá-los uns dos outros. A estandartização das fachadas, das janelas, das
portas, dos azulejos de padrões geométricos simples no hall, etc. permitiria a
aceleração do processo de construção através da produção em série destes
elementos fora do local da obra. Todo o conjunto possui proporções e regras de composição
clássicas, com recurso à proporção de ouro.
Plano Geral
O centro estruturante da nova cidade seria a Rua
Augusta que ligaria o limite Norte da cidade, o Rossio, e o
limite Sul, o Terreiro do Paço, onde uma disposição monumental dos edifícios, o
arco da Rua Augusta, um monumento ao rei e o Tejo a fechar a praça,
contribuiriam para o desenho daquilo que se pretendia que fosse o novo coração
da actividade comercial da reconstruída cidade de Lisboa.
Os edifícios do Terreiro do Paço estariam destinados à
instalação dos armazéns e grandes casas comerciais que se esperaria que
voltassem a surgir e a animar a praça, mas após vários anos de abandono
acabaram por ser ocupados por ministérios, tribunais, o Arsenal, a Alfândega e
a Bolsa, já no reinado de D. Maria I.
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